Há dias fui surpreendido com uma notícia de última hora, que fez a abertura de alguns telejornais: Astrónomos observam a maior explosão estrelar do universo. O cataclismo que deu origem à maior Super Nova de sempre teve lugar à distância segura de 240 milhões de anos-luz, mais coisa menos coisa.
Tentando ver para além do óbvio – a enormidade da explosão – o que eu achei verdadeiramente interessante, foi algo que ninguém noticiou: o aconteciemnto de última hora foi dado em diferido. Uma das coisas que aprendi nas aulas de Física do Liceu, é que nestas coisas da Astronomia há uma certa promiscuidade entre espaço e tempo. No caso particular, a imagem da explosão, mesmo viajando à velocidade da luz, levou 240 milhões de anos a cá chegar. O mínimo que se pode dizer é que a notícia peca por falta de actualidade.
Reescrevo mentalmente as parangonas dos jornais: Há 240 milhões de ano houve uma grande explosão, e acrescento por baixo, em letras menores, O que aconteceu entretanto ainda não sabemos.
De repente fico com a sensação que afinal não saímos do Rainha assim há tanto tempo…
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