Era o meu melhor amigo e agora já não sei o que é feito dele. Com aquela idade, ser o melhor amigo era como uma promessa: “é meu amigo para sempre”. Partilhámos as primeiras cervejas, as primeiras noitadas, viagens e depressões. Tínhamos muito em comum e hoje a única coisa que temos em comum é o passado. Sou a favor da eutanásia das amizades. Quando é chegado o momento deve-se deixá-la ir, sem sobressaltos, sem remorsos, ao invés de prolongá-la artificialmente. Apesar disso tenho saudades desse amigo que durante alguns anos foi o meu amigo para sempre.
(Soube há pouco que ele está na Austrália, que é física e metaforicamente do outro lado do mundo.)
(Soube há pouco que ele está na Austrália, que é física e metaforicamente do outro lado do mundo.)
1 comentário:
Eutanásia das amizades. Mas que grande conceito. Vou metê-lo na cabeça. E no meu blogue.
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